quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ele(a) não está tão afim de você

Sabe aquela sensação de que a pessoa começa a falar com você por educação ou porque não sabe ou consegue te dizer que o que tinha passou e não está mais tão afim de você?! Pois é, bem vinda(o) ao clube.



Você conhece ou é apresentada a uma pessoa, marca um encontro, mas antes desse encontro se falam todos os dias, dia e noite, querendo sempre conhecer mais e mais daquela pessoa e essa fome de conhecimento não parece ter fim e transborda e vocês não veem a hora de se ver. Finalmente se encontram e as afinidades surgem confirmando o que já tinham sentido pelas mensagens trocadas nas madrugadas, então você sente que tudo vai dar certo e dá. E como era de se esperar, mais conversas, mais encontros, mais risadas e de repente sem nenhum aviso ou um sinal tudo esfria, assim, de uma hora para outra. As mensagens não são mais tão intensas, marcar encontros se torna praticamente impossível no meio de tantas reuniões e trabalho urgentes sem fim.

Você tem a leve impressão de que algo está errado, mas tenta se apegar as desculpas "coitado, são muitas reuniões", "ele está trabalhando demais não tem tempo para mandar um Oi ou um Bom dia, como você está?", não meu bem, não se apegue a elas!. Geralmente os meus pressentimentos não falham e provavelmente os seus também não. Ele(a) não está mas tão afim de você.



Alguém pode me explicar como tudo pode virar assim do avesso tão rápido? Como alguém pode perder o interesse ou desgostar ou não estar mais afim do dia para noite??

Eu li o texto do Celio Heitor Sordi O que aconteceu com os relacionamentos leve? e uma parte me chamou muita atenção, ela dizia "Minha geração é a menos paciente, flexível e amorosa de todas. Não confia, ou se apaixona cegamente mais, não antes de vasculhar os amigos em comum. A geração especialista em achar pelo em ovo anseia pelas agulhas do palheiro, mas quando as encontra, não tem nada para costurar. Eu me pergunto se as pessoas deveriam ser tão entediadas assim sobre o que julgam não querer...". E eu me faço a mesma pergunta sempre que um bom encontro acaba assim e ultimamente ela tem surgido bastante.

E no mundo dos encontros e desencontros você senta e tenta imaginar o que poderia ter feito ou deixado de fazer, mas a única resposta que encontra é "não faz sentido algum".

Eu vejo todos reclamando a plenos pulmões da falta de alguém que queira um relacionamento sério, mas você tem certeza do que procura num relacionamento ou no outro?. Se relacionar com uma pessoa é muito mais do que fazer uma lista "de qualidades" que o outro deve ter e fazer daquilo uma verdade absoluta, uma lista que deve ser seguida a risca. Ás vezes, aquele cara ou aquela garota que você dispensou não tinha as 6 qualidades indispensáveis na sua lista dos desejos mas você não esperou para descobrir que eles te surpreenderiam com outras 15 qualidades ainda melhores do que as que listou.



Que tal jogar sua lista fora e deixar que o outro te surpreenda? Porque não dar essa chance? Pode ser menos trabalhoso que inventar desculpas. 


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Uma Infância Mágica e Estabanada

Eu não sei como foi a sua infância mas crescer numa família enorme como a minha foi uma das coisas mais maravilhosas que podem acontecer para uma criança, muitos primos para brincar, muitos tios para paparicar, muitas aventuras e viagens, muitas reuniões de família e aniversários. Eu tive uma infância abençoada e feliz o que não quer dizer que já não era estabanada e se tinha que dar errado vocês já sabem, eu ia estar com certeza no meio.




Nossas viagens eram incríveis, sempre saíamos em comboio, vários carros. Mas o carro que as crianças gostavam mais era o carro do Tio João Carlos, uma Caravan. Eu nem sei se ainda existe esse carro, mas era perfeito para nós por causa daquele espaço todo atrás. Então todos os primos queriam ir ali porque podiamos ir brincando. Nós usávamos Walk Talk para falar entre os carros o que era bem legal também porque ficávamos sempre em contato e achávamos o máximo com aquele aparelhinho poder falar à distância com os outros Tios ou nossos pais. Numa ida a Bahia com o nosso comboio eu lembro que estava no carro do Tio João Carlos, com a Tia Vânia esposa dele, Tia Tânia e minha irmã Tati e de repente nós escutamos um barulho bem alto de vidro quebrando. Minha mãe no outro carro foi ultrapassar o meu tio e nessa ultrapassagem voou uma pedra direto no vidro da frente do carro que acabou quebrando. Eu lembro que a minha Tia que tava atrás com a gente gritava "não se mexam, estátua ta bom? Vocês duas não se mexam". E eu pelo menos era bem pequena, não tava entendendo nada e achei que a gente tava brincando de estátua, meio estranha, porque meu Tio parou o carro e saiu todo mundo para ver a gente e eu na minha pose de estátua, porque eu fiz até uma pose quando ela gritou "não se mexe, todo mundo estátua". E hoje eu sei que era por causa dos vidros e aí tiraram a gente com todo cuidado e bem devagar do carro e passavam a mão em todos os lugares possível tirando e verificando se não havia mais cacos de vidro. Como eu disse, muitas aventuras.




Família reunida na casa do Tio João Carlos, to começando a achar que o Tio João Carlos que não me dava muita sorte, para assistir á Fórmula 1, que por sinal foi uma das melhores épocas e que de fato assistíamos por causa do Airton Senna, era diversão na certa. Minha família sempre se reunia na casa de algum Tio para um churrasquinho. A casa do meu tio era bem grande e tinha uma área bem ampla aonde adorávamos brincar. Eu e meus primos resolvemos brincar de pique alta, quem era da minha época vai saber o que é, a gente tinha que subir em algo acima do chão para não ser pego. Foi aí que vários primos naquele desespero de não ser pego, inclusive eu, resolvemos subir no portão da casa. Num certo momento eu só lembro de alguém gritando "vai cair". E eu pensando comigo "o que que vai cair?", até que eu senti que o Portão estava caindo, todo mundo desceu e saiu correndo e quem ficou para trás? Eu é claro, como eu era muito pequena ou de repente por ser eu mesmo não é?!, minha reação de sair correndo foi atrasada e o portão me pegou no meio do caminho, me esmagando. Pois é, o portão caiu em cima de mim, minha prima Dani com o intuito de me ajudar a sair foi tentar levantar o portão, mas ela estava com o braço engessado e só era um ano mais velha do que eu. Então vocês já podem imaginar o que aconteceu? Isso mesmo, ela conseguiu levantar até uma certa altura mas teve que soltar porque era muito pesado e soltou na cabeça de quem? Juliana estava desmaiada, brincadeira, mas o portão caiu em cima de mim de novo e parece que durou uma eternidade para todos os meus tios chegarem correndo e me salvarem. Eu não me machuquei muito, só um corte no lábio e provavelmente dores no corpo, mas eu lembro que foi o fim de semana mais legal da minha vida porque todo mundo ficou me paparicando e cuidando de mim. Ser estabanada às vezes pode ser legal.





Eu já fui costurada duas vezes, no joelho e no braço. Eu tenho tanta sorte que uma vez correndo na rua com uma amiga, ás crianças naquela época saíam na rua para brincar, jogar vôlei, queimada, futebol, esconde-esconde, mas não lembro o motivo de nós estarmos correndo eu só lembro que havia uma pedra no caminho, sabe aquela história?. E eu caí com o joelho bem em cima da pedra, gente tinha uma pista inteira para a Juliana cair, mas eu tinha que cair em cima da única pedra existente no caminho e lá foi a Juliana para o hospital levar pontos. O do braço, estava eu e minha irmã brincando em casa de chutes a gol. Eu e ela revezando quem chutava e quem ficava no gol. Quando chegou a minha vez de ser a goleira, consegui agarrar um chute da minha irmã mas a bola escapou, saí correndo atrás da bola e me desequilibrei e tentei apoiar numa das janelas que tinham na área da minha casa, mas acho que coloquei força demais porque o vidro espatifou e meu braço atravessou o mesmo e lá vai a Juliana ser levada novamente para o hospital e levar mais pontos.




Tirando esses imprevisto que eu tenho certeza que acontece o tempo todo com outras pessoas, minha infância foi Mágica. Eu só tenho boas e lindas lembranças. A expectativa de esperar o outro dia para poder viajar com toda a família, dormir na casa dos meus tios nas férias e aprontar todas com meus primos, rezar para nossos pais falarem sim quando pedíamos para um primo nosso pedir para dormirmos na casa dele, o natal que era uma época realmente especial com a chegada do Papai Noel que já apareceu dentro de um carrinho de supermercado, já veio de carroça, desceu de telhado, chegou caminhando na rua, apareceu magicamente dentro de casa, os churrascos no Parque da Cidade com direito a subir naquele castelo, andar de pedalinho, de bicicleta, fazer tortas e castelos de areia. São lembranças e experiência que todas as crianças deveriam ter. Eu posso dizer que hoje eu sou uma pessoa feliz graças á essa família linda e enorme que possuo e ás aventuras com meus primos que estão comigo até hoje. Espero que você tenha tido tanta sorte quanto eu tive e tenho. 




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Ótimas razões para você ler livros

Eu sempre digo para os meus amigos que como Bióloga um dos meus grandes pecados nessa Era tecnológica aonde tudo pode ser encontrado na internet é que eu ainda prefiro livros de verdade, de papel, que você pode sentir nas suas mãos, folhear as páginas, sentir aquele cheiro incrível de livro novinho ou daquele não tão novo assim mas que te traz sempre boas lembranças das aventuras que viveu ao desbravar suas páginas. Eu adoro livros, eu adoro ler, eu adoro poder ter eles no meu quarto, na minha clínica, espalhados e até mesmo perdidos na casa de amigos ou conhecidos.



Como vocês já sabem Eu e a Ericka do Não era amor, era cilada lançamos um desafio para todos os nossos leitores, 24 livros em um ano. Postei aqui o meu Primeiro Livro e daqui a pouco estarei postando o segundo livro, mas estava pesando aqui em como fazer VOCÊ se interessar mais, dar um Up nesse desafio. Então resolvi pesquisar razões do porquê deve ler, vai que você está precisando de um empurrãozinho a mais para topar esse desafio. Então encontrei 8 razões dadas pela revista Time para você ler um livro ou dois, ou três ou mil, assim, daqueles como eu gosto, de verdade. Então aqui vai as oito razões:

1. As pessoas que lêem são mais inteligentes - Sabia que um livro infantil expõe as crianças a mais palavras do que um programa de televisão? É o que diz a Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. E além disso, a Universidade do Texas acrescenta: ler num tablet ou dispositivo tecnológico faz com que fiquemos entre 20 a 30% mais lentos.

2. Ler faz bem ao cérebro - Um estudo de Neurologia explica que, como fazer jogging ajuda a melhorar o sistema cardiovascular, ler regularmente ajuda a melhorar a memória.

3. Mais livros, mais empatia - Uma boa leitura pode fazer que nos aproximemos de outras pessoas. De acordo com uma investigação publicada no site Science, alguns livros, principalmente os de ficção, nos ajudam a "ler" as emoções daqueles que nos rodeiam com uma maior facilidade.

4. Folhear ajuda a concentrar - Aposto que você não sabia que mudar de página ajuda a contextualizar melhor aquilo que estamos lendo. Pelo menos é o que diz a Wired.

5. Adeus, Alzheimer - quem lê, joga xadrez e joga quebra-cabeças tem uma menor probabilidade  de vir a desenvolver Alzheimer quando comparado com aqueles que não praticam atividades, tão estimulantes, explica um estudo publicado no site da Proceedings of the National Academy of Science.

6. Ler ajuda a relaxar - quem diz é a Universidade de Sussex: "Não importa que livro lê. Ao "perder-se" num bom enredo, consegue esquecer as preocupações do dia-a-dia e passa algum tempo explorando o imaginário do autor da obra.

7. Uma arma contra a insônia - Torne a leitura noturna um hábito. Ler num tablet, no computador ou no celular só vai te manter acordado mais tempo.

8. Ler é uma "Doença" contagiosa - Um estudo divulgado pela Editora Scholastic mostra que ler em voz alta para as crianças pequenas ajuda a tornarem-se verdadeiros amantes da literatura. Ou seja, não deixem de ler histórias para elas a noite. Esse hábito só vai fazer bem no futuro.



E aí? Agora já ta pronto para encarar nosso Desafio Literário 2015? Seja muito bem vindo.   


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Os 5R da Reciclagem

Aqui em Brasília e acho eu, que em quase todos os Estados Brasileiros, o Governo está adotando a separação de lixo, a coleta seletiva. Pelo menos no meu prédio nós "deveríamos" fazer a separação do lixo e colocar cada tipo de lixo no seu lugar. Mas o que eu vejo é apenas um lixo mais organizado porque as pessoas não sabem ou a maioria delas não sabem, julgando pela separação do lixo que vejo no meu próprio prédio, como fazer essa separação. O Governo diz "Olha a partir de tal dia vocês terão que separar seus lixos e iremos passar recolhendo", muito bacana não é mesmo?! E a educação que deveria vir antes disso? Eles não deviam ensinar a população como fazer a separação?. O que eu vejo são pessoas despreparadas e um Governo igualmente despreparado. 



Conversando com uma amiga que morou seis anos no Japão e já voltou há uns quatro, ela me falou da preocupação e da conscientização das pessoas de lá, que ela tinha que fazer a separação e que havia uma monitoração da mesma. Os resíduos eram separados por cores diferentes de saco de lixo, ela tinha que colocar o nome e o apartamento dela em todos os sacos e caso eles achassem alguma coisa de errado na separação o lixo era devolvido no seu apartamento para que ela consertasse o erro. Entendem a diferença? Aqui pouquíssimas pessoas sabem o que estão fazendo, outras pouquíssimas tentam até fazer a diferença mas não sabem muito bem como e a outra maioria nem se importa com isso. E o lixo que eles recolhem vai para onde? Que tipo de tratamento é dado? Eu não sei, você sabe?

O meu intuito hoje era escrever para vocês sobre como fazer a separação desse lixo, mas antes disso nós temos que conscientizar a população e depois ensinar a colocar a mão na massa. Então resolvi falar primeiramente dos 5R, que significa: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar, Refletir. É utilizado como uma estratégia para redução de desperdícios, gerando assim menos lixo. 

Ele serve para Influenciar as pessoas para produzir menos lixo, Preservar os recursos naturais, Auxiliar na geração de um sistema de gestão ecologicamente correto, Racionalizar procedimentos, Reduzir custos, Eliminar desperdícios, Alavancar a responsabilidade ambiental, Otimizar as relações com a comunidade, Aumentar a Produtividade, Aumentar a competitividade, Eliminar ou reduzir a pressão dos órgãos ambientais, Melhorar a qualidade de vida.

Sobre os seus princípios:

Reduzir: Produzir da forma mais eficaz para preservar matéria-prima e diminuir a quantidade de resíduos. Reduzir o acúmulo de resíduos.



Reutilizar: reusar todos os materiais sempre que possível. Reutilizar todos os resíduos.
                             


Reciclar: Dar uma nova utilidade ao produto descartado. Agregar valor ao material que seria descartado.



Recusar: Recusar produtos e serviços desnecessários.

                  


Refletir: é ter disciplina e inovar harmonicamente com a natureza respeitando-a como ser vivo.


Agora sim, no próximo post posso ensinar como fazer a separação dos seus resíduos. Com algumas dessas ideias na cabeça acho que o dia-a-dia de quem quer ter um comprometimento com a Sustentabilidade do seu Lar, do seu Bairro, do seu Estado, do seu País e do Mundo fica até mais fácil e claro de enxergar.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Intenso

Para começar o meu Desafio literário escolhi o livro chamado "Intenso" da escritora Sylvia Day, o mesmo entra na lista como o livro que o título tenha apenas uma palavra.

Escolhi um livro dessa escritora americana pois já conhecia alguns de seus trabalhos como a Trilogia Crossfire com os livros Toda Sua, Profundamente Sua e Para sempre sua e ainda estou na espera do quarto livro da Trilogia que virou uma série. E também da Trilogia Renegade Angels aonde já li os livros Um toque de vermelho e Um beijo Selvagem e também estou na espera do próximo.

Sylvia Day é uma escritora premiada em mais de 12 romances, todos eles com sucesso de vendas e sempre muito bem elogiada pela crítica. Parece que o Soft Porn escrito por mulheres e para mulheres ganhou muitas fãs por todo mundo e a escritora não ficou fora dessa. Há muitas comparações entre seus livros e os livros da escritora E. L. James de Cinquenta Tons de Cinza, mas eu Juliana arrisco a dizer que os livros da escritora Sylvia Day são bem mais picantes.

Intenso é um romance picante de época sendo o terceiro volume da série Georgian, os três livros possuem uma certa independência entre si com protagonistas diferentes e suas histórias com começo, meio e fim. Mas seria bom ler todos os volumes aonde você pode achar algumas ligações entre eles. O livro traz uma história de amor cheio de aventuras e suspense e um toque picante. Para quem é leitora dessa escritora vai sentir falta dos textos mais envolventes e bem mais picantes mas ainda assim vale a pena ler o livro.





segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sósias por todo lugar

Alguma vez na sua vida já te pararam na rua e te chamaram por um nome que não era o seu e começaram uma conversa bem animada como se te conhecessem? Ou falaram que você parece muito com uma amiga ou conhecida? Pois é, comigo acontece o tempo todo. Eu sempre falo que eu devo ter um rosto muito comum ou tenho irmãs-gêmeas espalhadas por todo canto e nunca nos encontramos.



Certo dia eu tinha acabado de sair da missa com meu namorado da época e fomos lanchar numa creperia perto de casa. Depois que fizemos os nossos pedidos, sentamos numa mesa e ficamos aguardando os crepes. E comecei a observar que uma mulher ficava me olhando e fazendo comentários com uma outra moça ao lado, achei que era impressão minha e continuei a conversar com meu namorado. Mas passando um certo tempo a mulher não parava de encarar e falar com a amiga ao lado, então, Ju sem filtro que eu sou, eu levantei do meu lugar fui até a mulher e perguntei se estava acontecendo alguma coisa. A mulher levantou me deu um abraço e falou "Oi Amanda, eu estava aqui falando com a Patrícia e estávamos tentando saber se era você ou não ali com aquele moço". Amanda? "Ah meu nome não é Amanda vocês estão me confundindo", o bom disso tudo é que as pessoas que me confundem com outra pessoa sempre querem provar que eu sou a outra pessoa então, uma delas falou "Você não é a Amanda da Igreja Evangélica "tal", irmã de "Fulana"? respondi que não era e veio um "tem certeza?", falei que meu nome era Juliana e era Católica então não podia ser eu. E uma delas me solta "mas a gente estava com você lá na igreja agorinha", então respondi que não era eu e uma delas "meu Deus mas você é muito parecida com ela, desculpa o engano". Fui para a minha mesa e as duas mulheres ainda ficaram me olhando um tempo sem acreditar que eu não era a tal Amanda.

Indo embora da Faculdade, na época estudava na UCB, um cara me para na saída do portão gritando um "ei, peraí, era você no meu carro ontem. Cadê seu namorado ele está me devendo". Pensa num susto que eu levei na hora, eu olhei para o cara tentando entender quando foi que entrei no carro dele no dia anterior e como eu podia não me lembrar disso. "Moço eu não estava no seu carro ontem" e ele bem alterado começou a falar "claro que você estava, eu dei uma carona para você e o seu namorado não lembra? Aonde está seu namorado? ele está me devendo" e eu não conseguia entender a história então perguntei aonde ele tinha me dado a tal carona e ele disse que tinha sido na Ceilândia na parte da tarde e eu tentei explicar que nunca tinha ido na Ceilândia e muito menos pegado uma carona com ele e que morava no Valparaíso tanto eu quanto o meu namorado. E quem disse que o homem acreditava? "eu tenho certeza que era você, eu te dei carona ontem com seu namorado" então eu falei que ele estava me confundindo com alguém e que eu nunca tinha estado na Ceilândia e que eu precisava ir embora senão ia perder o ônibus para casa. E o cara ficou me encarando até eu atravessar a pista, que medo gente.

Chegando no salão de festas do casamento da minha irmã eu fui recepcionada por um garçom muito alegre e sorridente que veio correndo na minha direção falando "Mariana menina, o que que você está fazendo aqui? Olha que coincidência te encontrar", eu não tinha entendido muito bem o nome que ele havia me chamado então perguntei se a gente se conhecia de algum lugar e ele "menina, como assim se a gente se conhece de algum lugar? Sou eu, tio Mário, amigão do seu pai", eu dei uma risadinha para não deixá-lo sem graça e disse que não sabia quem ele era, então ele perguntou qual era o meu nome, e respondi "meu nome é Juliana, sou irmã da noiva", ele fez uma cara de espanto e perguntou "Ué, você não é a Mariana" então garanti para ele que não me chamava Mariana e sim Juliana e saiu um "meu Deus mas como você se parece com a Mariana" e minha mãe veio chegando e perguntou se estava acontecendo alguma coisa e falei do engano e começamos a rir.

E isso é em todo lugar, várias vezes pessoas pararam na rua para conversar comigo e eu não fazia mínima ideia de quem eram essas pessoas. E o pior é que você não sabe se não conhece ou se não ta lembrando da pessoa ou se a pessoa te conhece de algum encontro que você já trabalhou então, eu para não ser indelicada ou dar na cara que não conheço a pessoa que talvez me conheça entro no papo. A não ser que a pessoa me chame pelo nome errado aí eu sei que está tendo uma confusão mesmo. Mas como você pode ter certeza de que não conhece a pessoa se ela te vê na rua, grita um "Oi", sai correndo para te abraçar seguido da pergunta "como você está? que bom te ver" mas não fala um nome? É claro que você vai responder que está bem e perguntar o mesmo para a pessoa e depois sua mãe vai virar e te perguntar "quem é minha filha?" e é claro que eu vou responder "não faço a mínima ideia mãe" e a vida segue em frente, porque isso acontece o tempo todo comigo.



Agora por favor sósias façam com que seus namorados fiquem em dia com suas dívidas porque é meio assustador ser abordada por um cara que você nunca viu na vida, gritando e dizendo que tinha me dado uma carona e que meu namorado estava devendo, muito assustador mesmo.      

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Vamos falar sobre Sustentabilidade

Essa semana pensei muito em voltar com um Blog que eu tinha de Sustentabilidade o "Chique é ser Sustentável", mas com uma nova abordagem, uma nova cara, um novo nome. Até que me surgiu uma ideia bem bacana. Porque não falar sobre esse assunto com os meus leitores do Blog? Como todos vocês sabem eu sou formada em Biologia e fui até Curitiba fazer uma Pós em Gestão Ambiental com ênfase em Projetos Ambientais e eu amo a minha área, mesmo não tendo muitas oportunidades em Brasília. Então porque não falar sobre outros assuntos que fazem parte da minha vida além das minhas trapalhadas e vida pessoal?. Já agreguei o Desafio Literário juntamente com o Blog Não era Amor, era cilada que irá me dar a oportunidade de falar sobre as histórias e autores que leio com um pouco mais de profundida e estou amando. Então também vou falar da minha área que tanto amo e que tem tanto a passar. Resolvi começar explicando sobre a própria Sustentabilidade para que os próximos assuntos sejam fáceis de serem absorvidos.



Até hoje a melhor definição que ouvi para Sustentabilidade foi "Atender às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades". Para ser sustentável é necessário que qualquer empreendimento seja ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Mas algo que deveria ser de bom senso a todos, que está tão veiculado na mídia e de acesso à uma grande porcentagem da população ainda se encontra longe da prática cotidiana de muitas pessoas, grupos, empresas e governos.

Para agirmos de forma sustentável devemos ter a consciência dos impactos que geramos com o nosso estilo de vida tanto a nossa volta no presente quanto para a geração futura. Quando se estimula o debate, difunde o conhecimento e preza pelas boas práticas o desafio que a sustentabilidade nos impõe se torna mais leve, mais aceitável, mais palpável. As pessoas conseguem lidar melhor com o que conhecem e essa é a minha proposta, difundir conhecimento sobre a área.

A sustentabilidade tem a ver com o nosso ato cotidiano, com nossas escolhas. Desde nosso estilo de vida, ao nosso consumo e o que fazemos com o lixo que produzimos, como utilizamos nossas fontes energéticas e recursos disponíveis. Eu diria que a sustentabilidade depende diretamente de nossas atitudes e suas consequências. Há também interferências indiretas que ás vezes achamos não ter nada a ver com o assunto e tem, como escolher entre uma empresa comprometida com o meio ambiente e uma sem essa preocupação,  até mesmo a pessoa em que eu voto e vai me representar pois dela virá programas ou modelos de desenvolvimento, de saúde, da educação, da cultura que influenciam também nessa parte sustentável.

Devemos saber que um presente consciente e um futuro promissor depende de nossos atos e como lidamos com os desafios impostos. E espero poder ajudar nesses atos e desafios esclarecendo muitas outras coisas sobre o assunto. Pretendo dar dicas sustentáveis, falando sobre ações que podem ser realmente realizadas por nós, sobre assuntos como uma arquitetura sustentável e até mesmo sobre uma simples receita que também pode ajudar nesses desafios para um mundo melhor e para a nossa e as futuras gerações.



O Blog Ju Sem Filtro veio para trazer boas risadas, reflexões, emoções e espero também que uma pitada de conhecimento de um jeito mais leve e divertido. Espero que gostem das novidades e continuem rindo e se identificando com o que acontece no meu dia-a-dia.           


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Mundo Mágico da Disney - Miami e Orlando

Vocês acham que eu só sou estabanada aqui no Brasil??! Não meus amores, eu sou estabanada internacionalmente também, qualquer lugar que eu vá as chances de dar algo errado são altíssimas e não poderia ser diferente numa viagem em família para conhecer Miami e Orlando. E apesar de pagar muito mico foi uma viagem fantástica e linda e encantadora.



Chegando ao aeroporto de Miami, pegamos nossas malas, passamos pela entrevista e fomos procurar a empresa na qual alugamos o carro. Estávamos eu, minha irmã, minha mãe e minha Tia e estava indo tudo bem, assinamos tudo, pegamos a chave e informações de como chegar ao carro e minha irmã trouxe um GPS que ajudaria a gente a chegar no Hotel. Eis que nós ligamos o GPS e nada aconteceu, procurava procurava procurava e não achava nada, quatro mulheres tentando descobrir como mexia naquilo e nada. Meu cunhado deu uma aulinha breve que não adiantou muito, não para nós. A gente ficou mais de uma hora no aeroporto tentando fazer aquele aparelhinho funcionar e nada, então minha mãe resolveu alugar também o GPS. E aí voltamos e fizemos tudo de novo, outros papéis, outro carro, outra chave e finalmente fomos para o carro. E aqui vai uma dica muito importante nessas viagens em família, nunca, jamais, seja a única pessoa a falar inglês, e olha que o meu é bem mais ou menos, na viagem, guardem essa informação. Chegamos no carro, guardamos as malas, todos a bordo, ligamos o GPS, colocamos as coordenadas e cadê que ele funcionava?!. Gente imagina quatro mulheres desesperada, em outro país que só uma pessoa falava e entendia inglês e bem fraquinho e a porcaria do GPS não funcionava? Que vontade de chorar! Até que eu notei que os carros iam até uma parte do aeroporto, paravam por uns cinco minutos e saíam, vários deles faziam isso. E aí foi que nos demos conta do óbvio, o GPS só iria funcionar fora do aeroporto. Então fizemos o que todos estavam fazendo e o GPS finalmente estava prontinho para nos levar ao Hotel.




E é claro que eu não poderia esperar para pagar um mico, eu era a condutora e minha irmã a co-pilota, estava indo tudo bem mas eu não sei se vocês sabem a maioria dos carros lá são automáticos e eu nunca tinha dirigido um. Os homens da família me deram explicações do que fazer e como fazer e foi assim que eu consegui sair do aeroporto e detalhe a nossa amiga do GPS veio falando inglês o caminho inteiro porque nós ficamos tão felizes de conseguir usá-lo que não pensamos que poderia passar para o português. Quando chegamos na cidade, aquele pequeno desespero começou a surgir porque não sabíamos como era o hotel, se estávamos indo mesmo na direção certa e se poderíamos estacionar quando achássemos ele. Então minha irmã olhou o nome do Hotel, passou para gente e eu fui dirigindo bem devagar para ver se conseguíamos ler o nome dele em algum lugar, até que a minha mãe grita "Olha ali! É ele, bem aqui do lado" e o que a esperta aqui faz? Enfiou o pé no freio, tentando colocar o outro na embreagem para o carro não apagar, foi uma confusão de pés na hora e fez um barulho bem alto por ter freado forte. E quando a gente olha para o lado vimos um cara correndo assustado pela calçada achando que tava acontecendo algo. Vocês imaginam a minha cara? Olhei para ele e sussurrei um "sorry" super envergonhada e estacionei o carro. Oba, chegamos.



Passamos a noite em Miami e no outro dia pegamos o carro e nosso GPS salvador e fomos em direção a Orlando. E descobrimos como passar do inglês para o Português, olha que felicidade a Mary virou Maria. Juliana novamente no volante e quatro horas de estrada perfeita, tão perfeita que chegou uma hora que eu já tava ficando vesga, a vista cansada, rezando para ter um buraco para desviar, curvas para fazer e ver se minha visão voltava ao normal mas só tinha reta e perfeição no caminho e finalmente chegamos no nosso hotel em Orlando. Como no caminho paramos num Outlet ,chegamos em Orlando bem tarde. Resolvemos o que tinha que resolver e fomos na rua lanchar. Achamos uma pizzaria local e eis que ouço "Juliana, vai pedir uma pizza pra gente", lembram do conselho?. Entrei na pizzaria e dei de cara com um loiro, alto, olhos claros, lindo e abri o sorriso, estava tudo perfeito até eu pedir  uma pizza e ele começar a falar. Meu Deus, eu não entendia nada. Eu falei que queria uma pizza e ele tentava me explicar algo sobre o pedido mas era muito rápido. Falei que não estava entendendo nada e ele tentou falar mais devagar e minha mãe, minha tia e minha irmã olhavam para ele e para mim sem entender nada também. Aí uma delas soltou "Gente é só uma pizza, você não consegue pedir uma pizza?". Oi? Nem eu nem elas não é mesmo? E mais uma vez o simpático loiro, alto, lindo tentou me explicar e o que eu fiz? Caí na gargalhada, não me aguentei, e pelo que vi ele também não porque começou a rir também. Aí me perguntou de onde eramos puxando assunto e tentou me explicar mais tranquilamente e finalmente eu entendi, ele estava tentando explicar que levando a pizza e o refrigerante a gente ganhava alguns salgados de graça. Meu Deus se era o mesmo preço com ou sem o salgado porque ele não fez logo o nosso pedido e colocou esses benditos salgados junto?. Paguei, agradeci e esperamos a pizza sair e voltamos para o Hotel.



No outro dia encontramos com meu primo, a esposa e meu sobrinho. Eu, minha mãe, minha irmã e meu sobrinho iríamos para o Bush Garden e meu primo, a esposa e minha tia para um Outlet. Entramos no carro, GPS pronto e partimos para o Parque. Depois de alguns quilômetros resolvi olhar o painel e vi que tinha pouca gasolina e resolvemos passar no Posto. Quando paramos para abastecer lembramos que lá são as pessoas que abastecem o próprio carro e a gasolina é vendida por galões. "Ei Juliana, ta vendo aquele moço abastecendo o carro dele, vai lá e pergunta como nós fazemos" e lá vai a Juliana outra vez. "Ei moço, desculpa atrapalhar mas como eu faço para abastecer meu carro" e eis que o americano vira, me olha de cima embaixo e pergunta "Em que mundo você vive? Que não sabe abastecer um carro?". Eu fiquei vermelha, roxa, azul, dei uma olhadinha para trás e eles me incentivando a continuar sem saber o que eu tinha acabado de ouvir, virei e respondi "Eu sou do Brasil" e ele me vem com outra " E lá vocês não fazem isso não?", eu sorrindo sem graça "lá tem pessoas para fazerem isso pra gente". Ele me olhou de cima embaixo de novo e falou que quando acabasse ia lá me ajudar. Mas ele só sabia mexer se fosse com o cartão na própria bomba e como estávamos com aquele cartãozinho que colocamos o dinheiro tivemos que entrar naquela lojinha do Posto. E eu me vi dentro de um filme americano, tudo igualzinho, pedi ajuda para o atendente e depois de muita tentativa de tentar entendê-lo e ele me entender conseguimos abastecer o carro e fomos.



O resto da família chegou a noite e programamos o resto da viagem, Parques e Outlets. E num dos dias de Outlet. Eu, meu pai, minha mãe, minha tia e minha prima resolvemos passar em alguns dos outlets mais bem falados de lá. Saímos de um para outro e para outro até que resolvemos ir para casa. Entramos todos no carro e quando tentamos ligar o GPS, nada. Ele não ligava, não estava funcionando, como íamos para casa agora?. Nós achamos que daríamos conta de chegar até o hotel, seguimos pela estrada que achávamos ter passado mais cedo, demos algumas voltas e não tinha jeito, estávamos perdidos. Até que "olha!!! tem uma caminhonete parada ali com dois homens, eles devem estar arrumando alguma coisa na auto estrada. Juliana, desce e pergunta como fazemos para chegar no hotel", eu não tava acreditando que tinha ouvido aquela frase, então me expliquei "não vai adiantar eu descer e perguntar porque eles vão falar nomes de ruas, dos lugares e eu não vou entender porque nós não vamos saber como chegar nelas" e me vem um "Ah pronto, tudo para você é mico, aposto que não quer ir perguntar porque é mico!". Eu queria entender porque os nossos pais acham que tudo é uma desculpa e porque não acreditam no que a gente fala, em curso de inglês direções são esquerda e direita e eu sabia que não ia ter só isso. Mas desci e perguntei, os dois caras se olharam e um me falou "Olha eu não sei como te explicar porque é confuso para gente chegar até lá eu imagino para você que não deve ser daqui" e eu olhei para dentro do carro e todo mundo me olhando sério, mereço?. Então pedi para o moço tentar me explicar e o que surgiram??? Nomes de ruas, você vai entrar na "rua tal e ir para a rua tal, vira para a esquerda, direita, vai reto entra na rua tal..." e eu devo ter feito uma cara de desespero porque ele parou a explicação e falou "você não esta entendendo nada, não é?" e eu olhei para ele e disse "Não". E o coitado tentou me explicar mais uma vez, eu agradeci entrei no carro, todos viraram para me olhar e veio um "E, aí?" eu olhei para eles e falei "E aí, que foi como eu disse, eles falaram que era complicado explicar e deram nomes de ruas". Tentei explicar o que eles disseram e resolvemos tentar a sorte, quando passávamos por um lugar lembrei do nome da rua que ele falou e tava numa placa e minha prima que também ouviu disse "ele falou aquele nome" e seguimos em direção ao nome, "ele falou direita e esquerda depois disso" e fizemos até que avistamos um brinquedo de um dos Parques que ficava em frente ao nosso hotel e era enorme e fomos em direção a ele e chegamos no Hotel.


Gente eu poderia contar mil trapalhadas a mais dessa viagem, porque foram muitas mas também foi perfeita. Foi a melhor viagem da minha vida, mesmo com "Juliana pergunta isso", "Juliana pergunta se tem alguma forma de desconto", "Juliana pergunta porque ganhamos um ingresso de graça para voltar ao Parque e como fazemos", "Juliana vai lá e pergunta isso", "Juliana vai lá e pergunta aquilo", mesmo com tudo isso. Os parques são incríveis, as montanhas-russas do Bush Garden, os simuladores da Universal, os personagens, o show final no Castelo do Magic Kingdom, as pessoas e funcionários sempre prestativos e sorrindo. Quem não foi está perdendo porque é tudo Fantástico, um lindo conto de fadas cheio de aventuras.



Mas não esqueça, certifique-se de que tem outra pessoa além de você que fala inglês. É uma dica muito valiosa.









  

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Insistir ou Desistir ?

A vida tem dessas armadilhas. A gente já tem que se doar para tanta coisa, se arriscar, enfrentar desafios do dia-a-dia, correr atrás do que almeja e ainda tem que decidir se insiste mais um pouquinho ou desiste de algo ou alguém. E quem é que gosta de desistir? Quem se permite a desistir?. Então seguimos a vida insistindo quando talvez o "desistir" possa ser a escolha certa.

Um dia desses eu ouvi "você se diz não evoluída nos seus relacionamentos mas minha querida em se tratando de amizades você é o ser mais evoluído que eu conheço, ele fez tudo aquilo e nem te deu satisfação e você ta aí arranjando desculpas e sempre tentando achar uma solução, desiste". E eu ouvi quase que uma súplica com uma mistura de rancor nessa voz, porque essa é uma amizade que tivemos em comum entre três pessoas mas que só duas dela tiveram comprometimento a outra parte não.

O fato é que eu nunca estou preparada para desistir de uma amizade, na minha concepção, amizade é algo valioso, difícil de se encontrar. E eu não to falando de pessoas do nosso convívio, que a gente gosta de bater um papo, que se vê de vez em quando, que conta piadas, toma um suco com você ou te acompanha numa balada. Eu to falando daquela amizade que quando você está sofrendo e não quer que ninguém mais saiba e se força a colocar um sorriso no rosto o seu amigo te dá a mão e pergunta o que está acontecendo, que você pensa em algo e a outra pessoa ao te olhar já adivinhou seus pensamentos, aquela pessoa que você fala "vem" e em 10 minutos está batendo a sua porta, que te convida para ir a casa dela e não fazer coisa alguma e mesmo assim ser um bom dia. Sabe? Dessas amizades que te completam?

Eu sou uma pessoa muito sortuda nesse quesito, eu tenho amigas de infância que estavam comigo no meu aniversário de 15 anos e permaneceram no meu aniversário de 30 anos, nós temos uma amizade de 19 anos, mulheres que quando se reúnem voltam a ser aquelas adolescentes do passado, não parece mudar em nada e não muda. E não é fácil, você tem que se doar para conseguir algo assim, são personalidades diferentes que se completam. E você pensa que não tiveram ou têm brigas?! É claro que tem, mas uma sempre quer o bem da outra, se há atritos é por querer sempre o melhor para cada uma e é assim que perdura, é insistindo sempre ao máximo.





Tenho uma amizade de 12 anos em que essa minha amiga foi morar no Japão e passou uns 6 anos por lá, poderíamos ter nos afastado? Poderíamos, mas não foi o caso, insistimos. Nos falávamos quando dava pelo msn, sempre querendo saber como estava a vida uma da outra, não era sempre por causa do fuso horário mas deu certo, ela voltou para o Brasil e nada mudou, seis anos longe e vamos para baladas juntas, nos aconselhamos, vamos dar uma corridinha no Parque para espairecer. É uma daquelas amizades que a distância não conseguiu destruir.



E minhas amizades recentes, amizades que caíram de para-quedas na minha vida, que vieram como um presente lindo porque mesmo não sendo uma amizade de muitos anos, tem respeito, tem carinho, tem preocupação, tem sorriso, tem vinhos e histórias. Já temos a nossa história também, não é bacana?



Quanto ao amigo não comprometido em questão, eu sei que deveria desistir mas ainda não estou pronta, porque as pessoas cometem erros e essa foi uma amizade muito intensa, muito bem vivida, que durou com a distância e que infelizmente foi quebrada por um relacionamento em que ele entrou. Eu tento entender os dois lados, o rancor da minha amiga por ele não ter mantido a promessa de sermos sempre amigos e a dele por se afastar para viver uma escolha, viver um amor que nós não entendemos o porque não poderia e não pôde se encaixar com a nossa amizade, mas quem não passou por isso de um lado ou do outro?! Pois é, como ela disse, eu to sempre arranjando desculpas. Mais uma vez, são escolhas que são feitas e que trazem as consequências que muitas vezes pesam, ali, bem pertinho da gente. 

Bom, eu escolhi ser amiga e uma pessoa que quer um relacionamento comigo sabe que vai ter que levar mais algumas pessoinhas junto e, ao meu ver,  é um pedido justo! Porque o Amor pode acabar, às vezes machucar, traz algumas incertezas, euforia, felicidade, sentimentos desconhecidos e é o seu amigo que vai pegar na sua mão e te ajudar a passar por todas essas etapas ou mais feliz ou menos triste, são eles que seguram nossa mão. 

E eu sei que às vezes é preciso desistir, mas será que eu posso insistir só mais um pouquinho?